Um dos períodos mais desafiadores da vida das pessoas é a adolescência, e uma duvida que martela a cabeça da maioria dos jovens é aquela famosa frase “O que você vai ser quando crescer?” Decidir o que quer fazer na vida, com tão pouca idade, é um grande desafio.
Para ajudar os adolescentes nessa escolha, o Colégio Marista Criciúma tem apoiado o projeto chamado “Miniempresa”, desenvolvido pela Junior Achievement, uma associação educativa sem fins lucrativos, mantida pela iniciativa privada, que tem o objetivo de despertar o espírito empreendedor nos jovens, ainda na escola, facilitando o acesso ao mercado de trabalho.
Os alunos empreendedores participaram da Feira das Miniempresas 2017, realizada pela Junior Achievement no Nações Shopping, em Criciúma. O objetivo da Feira foi estimular o consumo dos produtos que foram produzidos por jovens do projeto. Entre eles, estão os alunos maristas. “O programa miniempresa recebe nosso apoia há 15 anos. Ele corresponde ao projeto pedagógico do Colégio, pois, uma das nossas marcas é formar o aluno para a dimensão protagonista, de forma que ele faça a diferença, sendo transformador da realidade em que ele está”, afirma o diretor geral do Colégio Marista Criciúma, José Carlos Pereira
No projeto, jovens da 2ª série do Ensino Médio possuem 15 jornadas de trabalho para criar, produzir e vender um produto, proporcionando uma experiência de como é gerenciar uma empresa, ensinando aos alunos conceitos empresariais de mercado e o espírito de tarbalho em equipe, para o bom andamento de um projeto. Esse projeto tem grande relação com a proposta de aprendizagem Marista, que visa formar alunos cidadãos, pesquisadores, comunicadores e solidários. O protagonismo já pode ser visto na equipe da miniempresa deste ano, que produziu o Menotaí.
De acordo com Gláucia Fagundes, aluna do da 2ª série do Ensino Médio e uma das integrantres da equipe Menotaí, o produto, de mesmo nome, é um quadro de madeira com fios e grampos para pendurar fotos, recados, receitas ou listas. “O Menotaí tem uma embalagem feita a mão, personalizada, e tudo é produzido por nós, e tem a missão de satisfazer os clientes na organização das tarefas diárias, e de suas lembranças pessoais, de maneira inovadora e divertida, buscando estar entre as melhores empresas de Santa Catarina, no desenvolvimento de produtos criativos para organização”, conta animada.
A embalagem do produto também foi feita pelos próprios alunos. Eles participaram de um workshop para aprender a fazer sacolas de papel e personalizar com a marca Menotaí. “Essa preocupação com os detalhes faz toda a diferença no resultado final e na satisfação dos clientes”, afirma a aluna.
O trabalho com os alunos é desenvolvido por voluntários, chamados de advisers. Os advisers são fundamentais no processo das jornadas de trabalho. Luiz Alexandre é um advisers que ja participa do projeto há mais de 16 anos, e conta que realiza o voluntariado com alegria.
“Sinto-me satisfeito por desenvolver um trabalho que desperta virtudes nos jovens, devolvendo para a sociedade o que Deus nos proporcionou. Um dos problemas do nosso país é o desemprego e, são os havendo maior investimento em novos empreendedores, contribuiremos de forma significativa para as novas oportunidaes de mercado”, afima.
EXPECTATIVA VS REALIDADE
Os desafios enfrentados no decorrer da MENOTAÍ.
Todo novo projeto pode ser considerado um grande desafio cheio de expectativas e inseguranças, e com a miniempresa de Criciúma “MENOTAÍ” não foi diferente. Cinco meses depois do início de seu processo de produção, ela está em sua reta final e, nesse período, muitos imprevistos e desafios surgiram pelo caminho, mas isso não impediu o empreendimento de ser um sucesso.
No começo, os funcionários achavam que o trabalho seria leve e pouco cansativo, porém, com o surgimento de um número inesperado de encomendas, foi necessário fazer várias jornadas extras. Além disso, o grande sucesso de vendas do MENOTAÍ surpreendeu a todos; a presidente da Empresa, Lyandra Seffrin, comenta os resultados: “Uma coisa que me surpreendeu bastante foi a grande adesão que nosso produto teve. As pessoas gostaram e fez muito sucesso, o que mostra o quanto nosso trabalho valeu a pena”. Ela também descreve os desafios do processo: “Nós tentamos lidar com os problemas da melhor forma possível, demos a volta por cima e criamos soluções para as dificuldades. É um aprendizado que irá ficar para a vida toda, que poderei utilizar nos meus próximos negócios, assim como todos os funcionários”.
O bom relacionamento entre os funcionários é essencial numa empresa, o envolvimento e a perseverança de todas as partes é o que faz um empreendimento dar certo e alcançar o sucesso. Nesse aspecto, a Miniempresa Menotaí obteve um grande êxito. No começo, o grupo era composto por trinta conhecidos, com alguns grupos de amigos já formados e, agora no final, podem dizer que são um time muito unido. O projeto foi uma ótima oportunidade de fazer novas amizades e de reaproximar antigas.
A diretora de RH (Recursos Humanos), Gabrielli Carrer, relata: “Foi muito marcante o início, pois tudo era algo novo, e moldar o espaço dentro de uma empresa para melhorar o ambiente parecia ser o mais difícil, porém, após algumas semanas exercendo meu papel, vi que as relações entre funcionários e trabalho seria o mais desafiador. Com todo o apoio do Colégio e dos funcionários, aprendi como lidar com situações que não esperava e como organizar detalhes essenciais para a manutenção de uma empresa. Com quase todo o projeto concluído, percebo que uma empresa possui vários obstáculos que somente podem ser superados com diálogo, paciência e respeito a todos os integrantes que dela fazem parte e que, quando há um ambiente saudável, o trabalho fica melhor e mais gratificante”.
Um dos maiores benefícios que a Miniempresa trouxe é, sem dúvida, o ensinamento sobre como é trabalhar. Ela funciona como uma simulação da “vida adulta”, contribuindo para o desenvolvimento de responsabilidades, para aprender a lidar com o público e se dispor a apresentar algo em que você acredita para o mundo, o que parece assustador, e realmente é, mas o sentimento de ver a Empresa indo em frente e alcançando o sucesso é muito maior do que a timidez e o medo; a sensação de ver que alguém gostou do seu produto traz felicidade para qualquer empresário. Por isso, mesmo com tantos desafios e imprevistos, a Miniempresa foi uma experiência incrível para cada pessoa que dela participou.
Vídeo com registros de uma das jornadas do projeto:
