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O Pote da calma como recurso de cuidado, afeto e limites

ARTIGO

Claudia Kochhann de Lima*

O Pote da Calma é um recurso Montessoriano que vem sendo tema nas redes sociais como uma ferramenta lúdica que ajuda a acalmar as crianças nos momentos de descontrole emocional, as famosas “birras”. Trata-se de um recipiente transparente, com tampa, em cujo interior é colocado água, cola, corante e purpurina. Nos momentos de tensão, o Pote da Calma é ofertado para a criança a fim de que ela movimente o recipiente e se delicie observando o brilho das purpurinas que vão, calmamente, se acomodando no fundo do pote, fazendo com que a criança fique concentrada nesse deleite e se acalme.

Essa estratégia foi criada por Maria Montessori, renomada pediatra e pedagoga que viveu em uma época em que a educação das crianças era muito rígida, as punições eram extremamente severas e os castigos físicos eram usados pelos adultos para “corrigir” atitudes ditas como não adequadas das crianças. Preocupada com o desenvolvimento integral das crianças, teve como objetivo contribuir para a construção de uma educação mais apropriada, sem recorrer ao castigo, mas sim por meio da exploração de suas habilidades.

A essência da criança é o brincar e essa ferramenta é um brinquedo que pode ser utilizada para ajudar as crianças a lidarem melhor com as suas frustrações. O brincar é muito importante para o desenvolvimento integral das crianças. É um ato de aprendizagem, pois contribui para a reelaboração de sentimentos, conhecimentos, significados e atitudes.

O brinquedo para as crianças é a essência da infância e ela estabelece com o brinquedo uma relação natural e consegue extravasar suas angústias e entusiasmos, suas alegrias e tristezas, sua agressividade e passividade.

O aspecto lúdico contribui para o desenvolvimento integral nos aspectos físico, social, cultural, afetivo e cognitivo.

Esse recurso, se usado adequadamente, pode ser uma estratégia lúdica positiva nos momentos em que as crianças testam os limites impostos pelos adultos diante da frustração de um “não”. É importante ter conhecimento de que a birra também pode ser um pedido de ajuda inconsciente da criança para lidar com um sentimento novo com o qual ela não sabe lidar.

É importante que os adultos construam junto das crianças as regras para a utilização do Pote da Calma como: em que momentos será utilizado e onde ficará guardado. E essa estratégia terá mais sentido se o pote for confeccionado pela própria criança.

Agora, o mais importante é a mediação que o adulto fará após a criança ter se acalmado. Passada a crise, o ideal é ter uma conversa construtiva com a criança. É dizer a ela: “Você ficou muito triste e brava quando não lhe dei o brinquedo que queria. Vamos pensar juntas de que outra maneira você poderia agir?”. É importante também estabelecer contato físico com a criança, colocar-se ao seu nível, abraçá-la, dar colo. Conversar com ela sobre o que se passou, o que estava certo, o que estava errado, porque não pode acontecer novamente, as consequências que irá ter se acontecer novamente e as consequências de um bom comportamento.

*Claudia Kochhann de Lima é coordenadora da Educação Infantil do Colégio Marista Criciúma.

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